Joaquim dos Santos Gomes Borrego

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30 março de 1942
82 anos

Há uma história familiar, numerosa e longa, de apelido Borrego, da qual o Joaquim faz parte. O clã Borrego habitou, por muito tempo, na parte superior do lugar de “Almezendinha”, pertencente à Quinta de Aldeia do Bispo, Freguesia de S. Salvador. A árvore genealógica da família Borrego, tem no patamar mais alto o nome de Francisco Antunes Borrego, casado com Isabel Fernandes (entre 1620 -1630), do quais teve origem o descendente mais próximo: António Gomes Borrego, nascido em 1875, casado com Angélica Maximina Caramelo, os avós paternos do Joaquim dos Santos Borrego. 

A árvore genealógica materna é menos clara e mais imprecisa. Sabe-se que o cidadão Francisco João, nascido na quinta dos Galegos- Guarda, filho de Manuel João e neto de António João, casou em Aldeia do Bispo com Tereza Nunes, o filho Custódio Francisco, casou com Joaquina da Conceição, na paróquia de Vela, filha de Joaquim Gomes Borrego. Seguiu-se-lhe o filho Miguel Custódio Francisco, casado com Augusta dos Santos, pais de António Miguel Custódio, nascido em 1875 e casado com Ana Maria, os avós maternos do Joaquim. 
   
Nascido a 30 de março de 1942, na Paróquia da Vela-Guarda, Joaquim dos Santos Gomes Borrego, filho de António Gomes Borrego e de Maria dos Santos Carvalho, foi desde cedo um menino travesso e irrequieto. Ia descalço, de sacola na mão para a Escola Primária de Fontão da qual, ainda hoje, recorda aventuras para contar aos netos e voltar atrás no tempo revivendo assim alguns desses momentos onde, apesar dos tempos difíceis, era uma criança feliz. Ajudou os pais nas tarefas do campo até ir para a tropa, em maio de 63.

Desde cedo, manifestou tendência e habilidade na arte da caça, que praticava com prazer e vivia com intensidade. A ligação à caça não foi só a sua paixão pela natureza, mas também pelos convívios com os amigos. Tendo mesmo comprado uma quinta na Santa Cruz, em Aldeia do Bispo onde, ainda hoje, gosta de passar as suas jornadas e apreciar a natureza por quem tem grande respeito.

    
Fez o serviço militar obrigatório na R.I. 14 em Viseu e no R.I.1 na Amadora. Terminado o tempo da tropa em 65, como muitos emigrantes na década de 80, rumou clandestinamente para França em 1976. Residiu e trabalhou em - Saint Denis/ Le Blanc-Mesnil e acabou por ter lá a primeira filha.

Regressou à Guarda em 1978, onde trabalhou na Câmara Municipal até a idade da reforma. Casado com Arminda de Jesus Gomes, desde 1971 é pai de três filhos de quem foi prendado, por cada um, de um neto.

   
Presentemente, já reformado, por doença foi-lhe amputada uma perna. No entanto, apesar das suas limitações continua a ser uma pessoa ativa e divertida. A sua determinação, fez dele um símbolo de resiliência e de força aos olhos dos seus familiares e amigos.

Escrito por Susana Vendeiro e Armando Borrego, dezembro de 2024.

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