Sonho de trabalhar na NASA leva Laura Pina para Engenharia Aeroespacial

Laura Pina é natural da Aldeia do Bispo, no concelho da Guarda, e desde o 10º ano que tinha em mente ingressar em Engenharia Aeroespacial

Sonho de trabalhar na NASA leva Laura Pina para Engenharia Aeroespacial

Com média de 19,15 valores, estudante da Secundária Afonso de Albuquerque, na Guarda, entrou no Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa, no curso que voltou a liderar a lista de médias mais elevadas no país.

Laura Pina foi a única guardense que ingressou este ano no curso de Engenharia Aeroespacial no Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa, que tem a média de ingresso entre as mais altas do país. A O INTERIOR, a jovem revelou as motivações por detrás da escolha e as potencialidades profissionais que esta área tem em Portugal.

Com uma média de 19,15 valores, a antiga estudante da Escola Afonso de Albuquerque afirma que quando entrou para o secundário já "tinha uma ideia do campo que queria seguir quando ingressasse no ensino superior" e eram as engenharias. Porém, sendo esta uma área extremamente vasta e com muito por onde escolher, foi Engenharia Aeroespacial que lhe "chamou mais à atenção" a meio do 10º ano: "Mais propriamente pela vertente do espaço. Mais tarde, vim a perceber que esta engenharia engloba muito mais para além do espaço e, a cada coisa nova que aprendia sobre o curso, percebia que seria algo que me poderia cativar, também pelo facto óbvio de estar diretamente ligada com a Matemática e a Física, as minhas duas disciplinas favoritas", adianta Laura Pina, de 18 anos.

Tentando manter sempre as opções "em aberto", pois é um curso que exige uma média alta de entrada e "nunca se sabe o que pode acontecer", a jovem acrescenta que tentar atingir esse objetivo parecia, "na altura, um sonho distante". Com apenas 135 vagas no IST para 2024/25, Laura Pina assume que deu "sempre" o seu melhor e que foi uma "extrema felicidade" ter conseguido entrar no curso desejado "sem nunca ter de abdicar da minha vida pessoal para o conseguir", uma vez que sempre procurou "encontrar um equilíbrio entre essas duas partes" da vida. Quanto ao futuro, a agora estudante universitária afirma que, apesar de ainda não ter planos "em concreto", tem "alguns sonhos" que talvez um dia deseje concretizar, como trabalhar na NASA ou na ESA - Agência Espacial Europeia, mas que isto são ainda metas distantes. "Por agora estou focada em fazer o curso e, claro, adquirir novos conhecimentos. Quanto ao meu futuro após a faculdade, penso que ainda é incerto", reconhece a guardense.


Apesar disso, Laura Pina salienta que a área da Engenharia Aeroespacial tem estado a ser "desenvolvida aos poucos em Portugal", havendo "mais empresas a apostar cada vez mais" e que isso "é promissor para os jovens que, tal como eu, agora ingressam neste curso". A estudante acredita que no futuro Portugal "tem potencialidades para se destacar", mas não põe de parte a possibilidade de emigrar, visto que esta área "está melhor desenvolvida lá fora". E garante: "Se uma boa oportunidade surgir, não hesitarei em agarrá-la". De acordo com os dados do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, o curso de Engenharia Aeroespacial da Universidade do Porto foi o que teve a nota de acesso mais elevada, com o último aluno colocado a entrar com média de 19,45 valores. Seguem-se o mesmo curso na Universidade do Minho (19,14), Matemática Aplicada à Economia e à Gestão na Universidade de Lisboa (18,90), Inteligência Artificial e Ciência de Dados na Universidade do Porto (18,75) e por fim Engenharia Aerospacial no IST com o último colocada a ter 18,75 de média.


Comentários

Mensagens populares